RS: DEPUTADOS DERRUBAM PROJETO QUE PROÍBE SACRIFÍCIO DE ANIMAIS
Por 11 votos contrários e um a favor, parlamentares consideraram o projeto inconstitucional
O Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, parecia um cenário de guerra na manhã desta terça-feira. De um lado, estava uma massa de seguidores de religiões de matriz africana. Do outro, separados por uma grade para evitar confronto direto, se reuniam defensores da causa animal.
A casa cheia — de gente, barulho, gritaria e intolerância dos dois
lados — tinha motivo: andares acima, a Comissão de Constituição e
Justiça analisava o projeto de autoria da deputada Regina Becker (PDT),
que previa a proibição do uso de animais em sacrifícios religiosos. Por
volta das 10h15min,o texto foi votado. E, por 11 votos contrários e um a favor, o texto foi considerado inconstitucional pela comissão.
Para se posicionar a favor do projeto, ativistas vieram do interior do Estado. Do lado oposto, estavam cartazes contra o "preconceito religioso". Com batuques e tambores, por volta das 10h (pouco antes do início da votação), religiosos comemoravam a dispersão dos ativistas da causa animal — que, de supetão, deixaram o teatro.
Sessão encerrada com a vitória dos religiosos de matriz africana, os dois grupos deixavam a Casa e se encontraram nos corredores. Houve agressões verbais e empurra-empurra em um dos cantos próximos à entrada ao teatro. O povo dos terreiros tiveram de entrar novamente para o auditório, deixando-o por outra saída.
Já na rua em frente à Assembleia, enquanto os religiosos se preparavam pra iniciar uma marcha até a prefeitura, um líder religioso, do alto de um caminhão de som, pedia o fim da violência.
— Nossa voz é o tambor — bradava o homem ao microfone.
No Largo Glênio Peres, após a descida pela Borges de Medeiros, o grupo de religiosos cutucou mais uma vez a deputada Regina Becker e seu marido, o prefeito José Fortunati:
— Vocês mexeram num vespeiro — disse um manifestante, em cima do caminhão de som.
Para se posicionar a favor do projeto, ativistas vieram do interior do Estado. Do lado oposto, estavam cartazes contra o "preconceito religioso". Com batuques e tambores, por volta das 10h (pouco antes do início da votação), religiosos comemoravam a dispersão dos ativistas da causa animal — que, de supetão, deixaram o teatro.
Sessão encerrada com a vitória dos religiosos de matriz africana, os dois grupos deixavam a Casa e se encontraram nos corredores. Houve agressões verbais e empurra-empurra em um dos cantos próximos à entrada ao teatro. O povo dos terreiros tiveram de entrar novamente para o auditório, deixando-o por outra saída.
Já na rua em frente à Assembleia, enquanto os religiosos se preparavam pra iniciar uma marcha até a prefeitura, um líder religioso, do alto de um caminhão de som, pedia o fim da violência.
— Nossa voz é o tambor — bradava o homem ao microfone.
No Largo Glênio Peres, após a descida pela Borges de Medeiros, o grupo de religiosos cutucou mais uma vez a deputada Regina Becker e seu marido, o prefeito José Fortunati:
— Vocês mexeram num vespeiro — disse um manifestante, em cima do caminhão de som.
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