Boato sobre novas enchentes e remoções forçadas é desmentido pelo Metroclima

Pelo WhatsApp, gravação falsa cita o órgão responsável por emitir alertas em Porto Alegre e soma-se a outros casos de boataria pela rede social


Difundido pelo WhatsApp dias após a enchente que deixou milhares de desabrigados e desalojados no Rio Grande do Sul, um boato sobre nova enxurrada preocupa o Centro Integrado de Comando (Ceic) de Porto Alegre, órgão que emite alertas e orienta a Capital em caso de grandes alterações climáticas.

No áudio viralizado, um homem fala que 15 dos próximos 21 dias serão de intensas chuvas e que as famílias estão sendo retiradas das ilhas do Guaíba como forma preventiva.
Pelo Twitter, o Sistema Metroclima, que integra o Ceic, pediu que "mensagens de áudio oficiosas e falsas" sejam ignoradas.

Em 2015, outras mentiras exigiram respostas das autoridades e levantaram o questionamento: como discernir o que é real ou falso em um momento de aflição geral, e o que fazer com as pessoas que disseminam as informações?

Como se proteger? Os especialistas aconselham a deixar a preguiça de lado e, antes de compartilhar uma informação aparentemente forte, procurar na internet e em veículos de comunicação tradicionais referências sobre o assunto. Em ataques diretos contra uma pessoa ou instituição, a vítima deve guardar os arquivos e procurar a polícia.

Mas o cenário ainda preocupa: apesar de estar 41cm abaixo da marca recorde atingida no último sábado, o Guaíba continua em nível de alerta (acima de 1m80cm) e deve subir com a previsão de novos temporais em todo o Estado. Na Capital, o mau tempo deve provocar chuvarada entre a manhã e a tarde desta terça.

A Defesa Civil estima que a água não ultrapassará os 2m82cm nesta terça, mesmo com chuva forte. Só que, apesar de ser 12cm menor do que o pico de sábado, de 2m94cm, maior marca em 74 anos, o índice esperado deve causar novos alagamentos na cidade. Com isso, a situação na Região das Ilhas, definida como “calamitosa” pelo prefeito José Fortunati, deverá se agravar.  A Ilha dos Marinheiros, por exemplo, ainda tem uma parte totalmente alagada, onde o acesso é possível apenas de barco.

Por prevenção, a prefeitura conta com mais 170 vagas para abrigo no Ginásio Tesourinha, 50 na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem (onde já estão 100 desabrigados) e 60 na associação comunitária da Ilha Pintada — ambas localizadas na Rua Nossa Senhora da Boa Viagem. No total, Porto Alegre tem 600 desabrigados e 1,5 mil desalojados, entre os 12 mil atingidos pela chuva.




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